Resenha | Eu, Você e a Garota que Vai Morrer

Título original: Me, Earl and the Dying Girl
Autor: Jesse Andrews
Editora: Rocco, Selo: Fábrica 231

Sinopse: Na trama, Greg tem apenas um amigo, Earl, com quem passa o tempo livre jogando videogame e (re)criando versões bastante pessoais de clássicos do cinema, até a sua mãe decidir que ele deve se aproximar de Rachel, colega de turma que sofre de leucemia. Contrariando todas as expectativas, os três se tornam amigos e vivem experiências ao mesmo tempo tocantes e hilárias, narradas com incrível talento e sensibilidade.

Há algum tempo atrás eu estava super interessada nesse livro, pois ouvi muito falar dele (bem e mal), então decidi comprar e ler para tirar minhas próprias conclusões. A primeira coisa que me interessou no livro foi a capa, que eu achei muito fofa, mas como diz o ditado: "Nunca julgue um livro pela capa". Não que eu tenha odiado o livro, mas não me agradou muito e o principal motivo foi o personagem principal que, infelizmente, é também o narrador do livro.

O livro tem uma escrita simples e bem rápida para ler, eu li para o desafio do I Dare You (livro da minha TBR) durante esse mês de fevereiro e confesso que não foi uma das minhas leituras preferidas do ano. O livro conta a história de Greg Gaines, um adolescente de 17 anos que não participa de nenhum grupo e prefere passar despercebido na escola. Earl Jackson é o mais próximo que Greg tem de uma amizade, mas os dois costumam se juntar mais para poder criar seus filmes que, de acordo com o próprio Greg, são péssimos e não merecem ser mostrados a ninguém. Quando a mãe de Greg descobre que uma colega dele está com leucemia decide que ele deveria visitá-la e fazê-la se sentir melhor e acontece que Rachel acaba descobrindo sobre os filmes que os dois amigos fazem e consegue convencê-los a deixá-la assistir. Os filmes acabam servindo como uma forma de distração para Rachel, durante esse período difícil de sua vida.

Não é uma história de amor ou uma lição de vida, são situações e personagens realistas, não possui grandes reviravoltas ou momentos inesquecíveis e isso faz com que o livro não seja tão cativante. Greg é um personagem que irrita o leitor em certos pontos, não é carismático, podendo soar ofensivo e inadequado em alguns momentos, não se comunica muito bem com outras pessoas e sempre deixa claro que acha o livro e seus filmes horríveis SEMPRE, mas vi uma melhora no personagem ao decorrer do livro. Enquanto isso os outros personagens não tem uma mudança significativa e não são muito explorados, são meros coadjuvantes na história.

A narrativa é descontraída e muitas vezes chega a ser engraçada, é um livro que foge dos momentos "clichês" e apresenta algo diferente do que estamos costumados a ver, mas não é algo que me surpreendeu.

Obs:: O livro foi transformado em filme ano passado, pretendo assistir em breve.

Avaliação:

"As melhores ideias são sempre as mais simples."

"A coisa mais bonita sobre você é que você não é um fantoche de meia."

"Escolha praticamente qualquer frase neste livro e garanto que, se a ler vezes suficientes, provavelmente vai acabar cometendo homicídio."